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Jornal revela acusações de corrupção e falta de diversidade no Globo de Ouro

Premiação enfrenta escândalos envolvendo compra de votos e e falta de transparência.

Jornal revela acusações de corrupção e falta de diversidade no Globo de Ouro

(Foto: Ilustração / Nicole Vas / Los Angeles Times; Fotos de Al Seib / Los Angeles Times, Mark Wilson / Getty Images)


A Associação de Jornalistas de Hollywood (HFPA - Hollywood Foreign Press Assn) vive outro momento conturbado em sua história de produção e desenvolvimento do Globo de Ouro. Acusações de corrupção e falta de diversidade voltam a sondar e escancarar problemas da organização.

Recente matéria do Los Angeles Times apresentou uma longa análise sobre a atual situação da organização. Tópicos associados à compra de votos, regalias, pagamentos exorbitantes e a completa ausência de votantes negros na bancada do Globo de Ouro, ganharam destaque. Processos milionários envolvendo conflitos éticos, com membros da HFPA aceitando "milhares de dólares em subornos" de estúdios frequentes, redes e celebridades em troca de troféus, tudo isso escondido atrás de um "código de silêncio".

Alvo de piadas e cada vez mais desmoralizada, a cada ano o Globo de Ouro vem sendo alvo de críticas em relação ao seu sistema. Em 2016, Ricky Gervais considerou o Globo como um "bando de inúteis”, chamando o prêmio de “um de metal que alguns jornalistas confusos e simpáticos queriam dar pessoalmente para que pudessem conhecê-lo e tirar uma selfie com você”.

Matéria revelou ainda que em 2019, mais de 30 membros da HFPA voaram para a França para visitar o set da nova série “Emily in Paris”, recebendo valores muito acima do permitido. Enquanto estava lá, a Paramount Network presenteou o grupo com uma estadia de duas noites no hotel cinco estrelas, onde os quartos custam atualmente cerca de US $ 1.400 por noite, além de uma entrevista coletiva e almoço no Musée des Arts Forains, um museu particular cheio com passeios de diversão datados de 1850, onde a série foi filmada. Tópico voltou a abrir debate sobre a compra de votos na premiação, já que a produção "Emily in Paris” passou longe dos olhos dos críticos nessa temporada de premiações e acabou recendo indicação na categoria de "Melhor Série - Musical ou Comédia".

emily in paris globo de ouro

(Foto: Emily in Paris / Divulgação / Netflix)


Além disso, o Los Angeles Times confirmou que de todos os 87 VOTANTES da premiação, NENHUM deles é negro, revelando uma completa falta de diversidade e compromisso com a sociedade. Fato acaba se refletindo diretamente nos resultados da premiação, no Globo de Ouro deste ano, por exemplo, das 130 indicações, apenas 16 delas foram para artistas pretos, uma porcentagem mínima de 12,3%. Em meio ao caos que se instaura na organização, fica o questionamento, até quando esses pilares arcaicos e corruptos serão mantidos?


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