Viola Davis interpretará uma General dos Agojie, a Nanisca, venha conhecer um pouco mais sobre esse grupo de guerreiras lutam para defender o Reino Africano de Dahomey.
(Foto: Reprodução / The Woman King)
Certamente você viu o trailer de "The Woman King" e logo de cara sentiu interesse em ver ou conhecer mais sobre a história do longa ou a que serviu de inspiração para ele. Estrelado por Viola Davis, esta produção contará a história da General dos Agojie, a Nanisca, líder de um grupo de fortes guerreiras que lutam para defender o Reino Africano de Dahomey.
Viola Davis teve que sair de sua zona de conforto e encarar fortes treinos para viver a Nanisca, para a Vanity Fair, a atriz contou que teve que passar por um treinamento de cinco dias por semana de pesos, corrida, artes marciais e até trabalho com facão. O treinamento foi transformador para ela, viver uma guerreira Agojie foi desafiador. “Certamente, essa não é uma mentalidade que eu carrego no dia-a-dia. Sou alguém que carrega spray de pimenta e um pequeno alarme no meu chaveiro.” Contou Davis.
No trailer, é contado que o filme é “baseado em poderosos eventos reais” e mostra “as guerreiras mais excepcionais que já viveram”. Mas quem são essas guerreiras ? Qual sua história ? É isso o que vou contar agora...
Já ouviram falar nas Guerreiras Agojie ? Se não, tá tudo bem, a história delas é ainda pouco conhecida, nem mesmo Viola Davis conhecia muito sobre elas. “A única coisa que eu sabia (antes de produzir e atuar no filme), literalmente, era que havia mulheres em algum lugar da África que eram chamadas de amazonas”, disse ela à Vanity Fair, contado sobre um livro que explicava um pouco sobre o assunto mas que foi “escrito por um homem branco”, acrescentou ela. “Tive que riscar muito porque estava cheio de comentários editoriais como: 'Eles pareciam bestas. Eles eram feios. Eles eram masculinos. Você tinha que peneirar tudo isso.”
Na vida real, as Agojie, também conhecido como Mino, foi um regimento militar por mais de um século no Reino de Dahomey, na África Ocidental. Os Agojie foram criados para defender Dahomey no final de 1600, a unidade continuou até o ano 1904. A partir do ano 1800, os britânicos começaram a escrever sobre o grupo, dando a elas o nome de "Amazonas", em homenagem a um grupo semelhante de mulheres da mitologia grega. O rei Ghezo (interpretado pelo John Boyega no filme) reuniu formalmente as guerreiras de Dahomey durante seu reinado de 1818 a 1858, época em que “a mão de obra era cada vez mais escassa devido ao comércio de escravos na Europa”.
Existe uma teoria que sugere que Hangbe, uma rainha que governou no século anterior, iniciou o grupo para fornecer seus próprios guarda-costas. Nawi, a mais velha veterana de combate sobrevivente dos Agojie, morreu em 1979, quando tinha mais de 100 anos. Um historiador beninense contou que conheceu “uma mulher extremamente velha” com esse nome em 1978. Ela disse que lutou contra os franceses em 1892, quase um século antes, então Provavelmente ela foi a última.
No Grande Conselho do Reino, o grupo desempenhou um papel importante ao defender a paz em oposição às unidades militares masculinas. Quando Dahomey foi colonizado pelos franceses em 1904, o grupo foi dissolvido e muitos dos membros retornaram a uma vida relativamente normal, embora alguns continuassem a treinar recrutas (embora nunca mais lutassem em batalha).
Existem realmente evidências de que Nanisca foi uma verdadeira guerreira dos Agojie, ela é descrita por um oficial da marinha francesa como uma soldado adolescente que realizou sua primeira execução com uma espada, e depois “espremeu o sangue de sua arma e engoliu”. Mas essa Nanisca não se tornou a poderosa general que Davis interpreta, porque segundo o mesmo oficial, ela foi morta em batalha apenas três meses depois.
As guerreiras já serviram de inspiração para outro grupo famoso nas telinhas, as Dora Milaje de "Pantera Negra". Lupita Nyong'o, que interpreta uma das Dora Milaje, já até entrevistou uma mulher que treinou com um ex-Agojie em 2019. Mas existe uma semelhança importante entre as representações cinematográficas desses grupos que se destaca: as oportunidades que eles oferecem para mais representação em Hollywood.
(Foto: Reprodução / Marvel Studios)
O longa não contará a história das guerreiras passo a passo, por motivos compreensíveis. "The Woman King" tem a intenção de contar ao mundo histórias ainda não tão conhecidas por todos, mas que de fato existiram e aconteceram.
“Nós não queríamos mostrá-las como apenas uma coisa – mulheres duronas que matavam”, disse a diretora Gina Prince-Bythewood. “Eles também riram, amaram e choraram. Queríamos mostrar toda a humanidade deles, não apenas a parte legal de que ficaria bem em um trailer.”
"The Woman King" chega aos cinemas brasileiros no dia 22 de setembro.
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